Em Berlim!

Opa!

agora estou em Berlim na casa do Vito, um amigo meu da Franca.

A viagem em números:
Dias: 15 - Km percorridos: 1355 - Velocidade Máxima: 57,48 km/h - Euros gastos: 67,03 - câmaras furadas: 5

Desde o ultimo post, passei mais três dias na Holanda e depois disso praticamente atravessei a Alemanha (sentido oeste - leste) até chegar em Berlim.

                                                       Parada para o almoco na holanda

As estradas, tanto na Holanda, quanto na Alemanha são preparadas para as bicicletas, isso significa que existem ciclovias em grande parte das estradas, ou sinalização em relação as bicicletas. Porem mesmo assim, tive uma certa dificuldade em entender essas sinalizacoes e só agora falando com o Vito descubro que frei (palavra que vi em diversas placas, em baixo de um símbolo de bicicleta) significa livre, ou seja, podemos andar tanto na calcada quanto na rua, e eu pensava que significava proibido.

É engraçado pensar que, de certa maneira, conheço mais a Alemanha que o Brasil, e mais que os próprios alemães, claro que levando em conta apenas certos aspectos. Passei por diversos vilarejos e lugares que normalmente, viajando de carro, não passaria, e com isso pude ver um pouco como é o interior da Alemanha e como seus cidadãos vivem.

A percepção que tive do interior da Alemanha é que ela é formada por diversos bairros e vilarejos (é difícil ficar mais do que 6km sem ver algum tipo de presença humana), e que esses vilarejos são habitados principalmente por pessoas idosas, onde nas ruas não vemos muito movimento (a não ser quando as pessoas estão passeando com seus cachorros). As casas normalmente tem um jardim - seja com frutas ou legumes, seja com flores - que são bem cuidados. Resumindo, lugares bem tranquilos e calmos, sem o agito das grandes cidades. No caminho foi possível ver que muitas casas na Alemanha possuem energia solar e cruzei diversos campos de energia eólica, assim me parece que realmente os alemães estão investindo nas "energias renováveis".

                                                             "típica" paisagem alema

As estradas que peguei foram principalmente retas e planas, o que em certos momentos tornava cansativa a viagem. No entanto, sempre que me sentia cansado, fazia uma pausa para comer algo, ler um pouco, tocar um pandeiro ou escutar musica.

A língua começa a ser uma questão mais complicada. No interior do país é difícil encontrar alguém que realmente fale inglês, portanto estive me comunicando bastante por meio de mímica e certas palavras que são em comum com o inglês. Não deixa de ser divertido!

Mesmo sem falar a mesma língua, diversas pessoas me ajudaram e inclusive um casal de idosos me acolheu em sua casa por um noite, me dando a oportunidade de tomar um banho e dormir em uma cama. Conversamos como podiamos, por meio de gestos e palavras soltas, e no final acabavamos nos entendendo.

Outra grande pessoa que encontrei durante o caminho foi Andreas. Um senhor alemão, que deixou que eu acampasse no seu jardim, me chamou para conversarmos na sua casa (ele falava inglês), jantarmos e tomarmos café da manha. Ele foi muito bacana comigo, me ajudou de todas as maneiras possíveis, e me dizia: "eu gosto de ajudar, porque assim como eu estou te ajudando, sei que alguém vai me ajudar e que você vai ajudar outros", fiquei muito feliz de ter conhecido ele.

                                                    local onde acampei ontem a noite

Agora devo ficar alguns dias em Berlim com o Vito, depois vou para Republica Tcheca, onde pretendo encontrar meu companheiro de viagem - Leonard. Mas ainda tenho bastante tempo, então acredito que irei tranquilo, tentando conhecer melhor a Alemanha e a Republica Tcheca.

é isso,

abraços!