quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Partindo de Berlim

Opa!

Ainda estou em Berlim, mas vou embora hoje. Minha estadia aqui foi muito bacana, pois passei um bom tempo com Vito e Madaleine grandes amigos que alem de me acolherem, me ajudaram bastante. Também pude descansar e dar uma geral nas coisas e na bicicleta (pequenos reparos como limpar a corrente, arrumar o "pezinho" e alinhar a roda traseira pois tive um raio quebrado).  Claro que também aproveitei para conhecer a cidade! Berlim é completamente diferendo do resto da Alemanha que conheci, é uma cidade que parece estar muito viva, com gente de todas as partes, muita "arte de rua" e ao mesmo tempo com muita historia.

A viagem em números:
Dias: 22 - Km percorridos: 1515 - Velocidade Máxima: 57,48 km/h - Euros gastos: 127,36 - câmaras furadas: 5

Fui arrumar minha bicicleta em uma oficina que custa três euros a hora e você pode utilizar todas as suas ferramentas e as pessoas que trabalham nessa oficina te ajudam quando necessário. Esse tipo de oficina é comum na Europa, em Paris ia regularmente em duas oficinas: a da velorution (http://velorution.org/page/) e Vélocip’aide (http://www.velocipaide.fr/). Essas eram mais ou menos no mesmo esquema da oficina de Berlim, porém gratuitas e com um viés comunitário maior. Sou muito grato as duas oficinas que me ajudaram bastante nos preparativos da minha viagem. Essa idéia de oficinas onde você mesmo repara sua bicicleta é muito interessante, pois são locais com ambientes muito bacanas de troca de conhecimento, aprendizagem e ajuda. Em São Paulo existe uma oficina como essas que é o mão na roda (http://www.ciclocidade.org.br/maonaroda/) que possui um projeto muito legal!
                                                                  A oficina em Berlim

Após 22 dias de viagem, resolvi fazer uma comparação dos quatro países que passei em relação da utilização da bicicleta em cada país.
Berlim e Paris devem ser comparados a parte, pois nessas capitais a variedade de bicicletas é imensa que não existe no interior. Nas duas cidades encontramos diversos tipos de bikes: antigas no estilo "vintage", single speed, fixas, bicicletas urbanas, mountain bikes e speeds. As diferenças entre as capitais são que em Berlim existe muito mais bicicletas feitas para o transporte de muitas coisa, assim como bicicletas com reboque e muitas bicicletas com reboque especial para levar crianças. Mais a maior diferença é a quantidade de bicicletas, pois em Berlim esse é um meio de locomoção mais difundido. Em relação a estrutura das cidades para as bicis acredito que Berlim é mais bem resolvida que Paris pois possui mais ciclovias e é melhor sinalizada. Mesmo as ciclovias que são nas calcadas funcionam e as pessoas tendem a respeitar, diferentemente de Paris.
Agora em relação ao interior e as estradas dos países que passei.
Na Franca as estradas não tem ciclovias, porém fui bem respeitado pelos carros que passavam. As pessoas que via de bicicletas nas estradas eram "ciclistas", ou seja pessoas de speeds, vestidas com roupa de lycra especial para pedalar e que utilizam a bike como esporte. Nas cidades a bicicleta não é um grande meio de locomoção.
Minha passagem pela Bélgica foi rápida, mas pelo o que pude perceber a situação das estradas é bem similar a da Franca, porém não encontramos bicicletas nem nas estradas, nem (em uma quantidade significante) nas cidades.
Na Holanda encontramos ciclovias em todas as estradas e cidades, e o uso da bicicleta como meio da locomoção dentro das cidades é imenso, porém entre as cidades não é grande. A maior parte das bicicletas que vemos são bicicletas urbanas, com uma quantidade razoável de bicicletas elétricas. Uma curiosidade desse país é que as ciclovias são utilizadas por três meios de transporte: bicicletas, scooters e cadeiras elétricas - meio de transporte muito popular no país.
Na Alemanha a maior parte das estradas tem ciclovias e quando não tem fui bem respeitado. As cidades todas tem ciclovias. A bicicleta também é muito popular na Alemanha como meio de locomoção dentro das cidades onde a grande maioria são mais uma vez bicicletas do tipo urbanas. Porém nas estradas é muito raro de cruzar com outra bicicleta.
                                               Eu no Volkspark em Berlim




Bom, acredito ser essa a minha pequena comparação. Agora rumo para o sul de Berlim em direcao à República Tcheca!

Até a próxima e abraços!

3 comentários:

  1. Ê Tomy, bom saber que você diminuiu um pouco o ritmo, deu uma descansada e conheceu melhor Berlim!
    E o Vito e a Madeleine, como estão?? Espero que depois de quatro meses vc tenha pelo menos levado o anel que ela esqueceu em casa hahaha
    E acho que agora na República Tcheca você vai começar a sentir mais diferença em relação aos outros países... Aliás, onde você encontra seu companheiro de viagem ?
    Ah! Não sei se já te disse, mas você vai ficar contente em saber que troquei o carro pela bike aqui em sp, e estou bastante satisfeito com minha escolha!
    Bom, é isso! Boa continuação de viagem, se cuida e muita força!
    abraços!

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  2. Tomaz

    Você está se tornando um comentarista cada vez mais interessante. Esse comparativo do uso de bikes está muito bom.
    Vamos ver agora, em direção à Europa Oriental.
    Comente a comida e o acolhimento, se puder.
    bjs
    Bia

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  3. Bia, que bom que vc esta gostando do blog! é muito bacana saber que voce esta acompanhando e aproveitando o blog. Vou tentar comentar sim sobre a comida e o acolhimento!

    Leo, fico extremamente feliz em saber que resolveu adotar ai bici ai em sampa tb! realmente é uma otima noticia! O Vito e a Madaleine estao otimos! mas realmente eu esqueci o anel dela, haha. Meu companheiro de viagem acabou voltando pra Franca devido à uma tendinite no joelho, mas vamos nos encontrar no leste da republica tcheca num festival de ferreiros (ele vai de trem e vai levar a bike no trem).

    abracos e beijos!

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