sábado, 8 de outubro de 2011

1a parada no Caucaso!

Opa!

Agora estou em Tbilisi a capital da Geórgia em um café internet.

A viagem em números:
Dias: 81- Km percorridos: 4573 - Velocidade Máxima: 65,71 km/h - Euros gastos: 557,51- Furos em câmaras: 21

Fiquei em Bucareste por quatro dias na casa do Florin, um romeno muito legal que me ajudou a conhecer a cidade e resolver algumas coisas da bicicleta - troquei a corrente e o cassete. Bucareste 'e uma cidade grande, com  bastante transito - ao chegar me senti em São Paulo, passando no corredor entre os carros, porem com um centro interessante. Para ir de Bucareste até Tbilisi peguei um avião. Chegar no aeroporto - que era  a 28 km da casa do Florin - foi um tanto complicado, pois alem de ter que pegar grandes estradas (com até seis pistas e nenhum acostamento) estava carregando a caixa que iria embalar a bicicleta, ou seja, estava largo quase como um  carro!

Foi bem diferente essa minha chegada pelos céus, pois quando estou de bicicleta em todo momento estou chegando, saindo e ao mesmo tempo permanecendo em um lugar, ou seja, a transição 'e continua, e chegar por avião 'e simplesmente chegar, não existe essa continuidade.

Tbilisi 'e uma cidade com aproximadamente um milhão e meio de pessoas, que se encontra num vale e 'e cortada ao meio pelo rio Kura. 'E uma cidade pequena fisicamente, 'e possível ver o fim da cidade de diversos pontos diferentes e quando subimos num dos morros tínhamos uma vista completa de toda a cidade. Não temos a impressão de estar em uma cidade asiática, mas sim em algo mais próximo da Europa, talvez pelo fato da religião dominante ser o cristianismo ortodoxo, ou seja, existem diversas igrejas pela cidade e 'e uma marca clara na cultura georgiana.

                                                Tbilisi e o rio Kuma
'E uma cidade totalmente pensada para o carro, já que existem diversas grandes avenidas por toda a cidade (com no mínimo três pistas em cada sentido). Isso significa que para os pedestres atravessar as ruas se torna um grande desafio, pois existem passagens subterrâneas para cruzar as ruas, porem essas normalmente se encontram a cada dois quilômetros então, na maiorias das vezes, temos que nos jogar nas ruas e tentar não ser atropelados. Existem muito poucas bicicletas nas ruas, e as poucas que vimos estavam andando nas calcadas.

As partes mais interessantes da cidade são os pequenos becos e vielas onde não passam muitos carros e 'e possível ver a vida cotidiana dos georgianos e suas casas.

Viela

Encontramos no nosso caminho diversos georgianos muito simpáticos! No primeiro dia estávamos em uma das vielas quando uma senhora começa a conversar com a gente e logo nos convida para entrar em sua casa. Era Nunu uma ex-professora de inglês de 82 anos, que nos deu macas para comer e onde ficamos papeando por um bom tempo!

                                                     Eu e Nunu
Em um dos dias, resolvemos sair de Tbilisi para conhecer outra parte do pais, então pegamos uma Van até Telavi, uma cidade menor no leste da Geórgia. O caminho foi bem interessante, pois ao menos uma vez pude estar "do outro lado", ou seja, dentro de um transporte motorizado e ver como são as estradas dessa perspectiva. Também foi bem bacana o caminho pois durante um bom tempo as montanhas do Caucaso estavam do nosso lado, imponentes e com seus topos nevados.

                                Caucaso visto de Telavi - Regiao de Kakheti

Uma outra grande diferença 'e que esse pais 'e o primeiro com um alfabeto diferente do o nosso. Eles possuem um alfabeto com 33 caracteres, ou seja, a língua 'e extremamente complicada e, quando não existe a grafia em nosso alfabeto também, não 'e possível nem tentar ler o que esta escrito!

Esse pedaço da minha viagem foi um outro tipo de experiência - dentro das diversas que já passei no meu caminho - pois estou com a minha mãe, e isso significa ter uma companheira na viagem que não 'e local (como os couchsurfers) e também foi muito bom poder falar de novo em português, na minha língua materna!

Amanha estou partindo de Tbilisi,  ou seja preciso remontar a bicicleta, e vou rumar um para o oeste do pais e depois para o sul em direcao a Armenia!

'E isso, ate a Armenia e abraços!

3 comentários:

  1. Tomaz, tô acompanhando a viagem daqui de Paris. Esses dias sai pra pedalar com o Zucker com aquela bicicleta que ele tentou te acompanhar no trajeto, hahahhaa, a bicicleta ta quase desmontando, muito engraçado. Cara boa viagem e um abração!

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  2. Oi Tomy

    Estamos de olho vivo por aqui, abraços.

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